Como é linda nossa Familia!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cultive a alegria!

           Preste atenção nesta história:

"Um homem chegou em casa, naquela noite, trazendo o mau humor que o caracterizava há alguns meses. Afinal, eram tantos os problemas e as dificuldades, que ele se transformara em um ser amargo, triste, mal-humorado. Colocou a mão na maçaneta da porta e a abriu. Deteve o passo e pôde ouvir a voz do filho de seus quatro anos de idade:
 – Mamãe, por que papai está sempre triste?
 – Não sei, amor, respondeu a mãe, com paciência. Ele deve estar preocupado com seus negócios.
 O homem parou, sem coragem de entrar e continuou ouvindo:
 – Que são negócios, mamãe?
 – São as lutas da vida, filho. Houve uma pequena pausa e depois, a voz infantil se fez ouvir outra vez:
 – Papai fica alegre nos negócios?
 – Fica, sim, respondeu a mãe.
 – Mas, então, por que fica triste em casa?
 Sensibilizado, o pai pôde ouvir a esposa explicar ao pequenino:
 – Nas lutas de cada dia, meu filho, seu pai deve sempre demonstrar contentamento. Deve ser alegre para agradar ao chefe da repartição e aos clientes. É importante para o trabalho dele. Mas, quando ele volta para casa, ele traz muitas preocupações. Se fora de casa, precisa cuidar para não ferir os outros, e mostrar alegria, gentileza, não acontece o mesmo em casa.
 – Aqui é o lar, meu filho, onde ele está com o direito de não esconder o seu cansaço, as suas preocupações. A criança pareceu escutar atenta e depois, suspirando, como se tivesse pensado por longo tempo, desabafou:
– Que pena, hein, mãe? Eu gostaria tanto de ter um pai feliz, ao menos de vez em quando. Gostaria que ele chegasse em casa e me pegasse no colo, brincasse comigo. Sorrisse para mim. Eu gostaria tanto...
Naquele momento, o homem pareceu sentir as pernas bambearem. Um líquido estranho lhe escorreu dos olhos e ele se descobriu chorando.
– Meu Deus, pensou, como estou maltratando minha família. E, ainda emocionado, irrompeu pela cozinha, abriu os braços, correu para o menino, abraçou-o com força e o convidou: – Filho, vamos brincar?"

Todos nós temos problemas e os teremos a vida toda. O importante é não deixá-los nos sufocar. Deus nos manda buscar e cultivar a alegria, mesmo nas horas difíceis: "Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos! O Senhor está próximo. Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus" (Fil 4, 4-7).

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ser santo sem deixar de ser jovem

              
         Se você ainda continua com a ideia de que os santos eram pessoas tímidas, de fala mansa, que de tanto se curvarem ficaram corcundas, que andavam sempre com hábitos, batinas os véus, que não curtiam a vida e fugiam de todas as coisas deste “mundo”. Esse pensamento mudará após conhecer o beato Pier Giorgio Frassati.
Eu também pensava assim. Olhava para os santos, gostava da ideia, mas me sentia muito longe deles. Achava tudo muito difícil, algo realmente distante da minha realidade. Santos como São Francisco, Santa Rita, São Padre Pio... me chamavam a atenção, mas não me sentia capaz de tantas penitências e tantas renúncias. E, assim, só ficava na intercessão.
Em 2008, tive o grande privilégio de realizar um sonho: participar da Jornada Mundial da Juventude, que aconteceu em Sydney, na Austrália. O mais marcante nessa visita foi encontrar o corpo do beato Pier Giorgio. Havia fotos dele e banners que contavam a história de sua vida espalhados por toda a igreja. E cada banner que eu via crescia em mim a vontade de ser santo. Era como se meu coração pulsasse assim: “É possível”. As fotos mostram-no com a galera, na faculdade, acampando, praticando alpinismo. Todas elas apresentavam uma frase de sua autoria, e cada frase revelava seu firme propósito de ser santo sem deixar de ser jovem.
Depois de andar pelo corredor central da catedral e ficar mexido com tudo o que via, segui por um corredor e deparei com uma urna, na qual estava escrito: "The body of blessed Pier Giorgio Frassati". Meu inglês não foi o suficiente para traduzir o que minha alma lia naquele corpo santo que estava à minha frente. Tive forças apenas para me ajoelhar e fazer um único pedido: "Que eu seja santo como você". Em mim vibrava a possibilidade de ser santo do meu jeito, com meus gostos e estilos. Aquela era a prova concreta de que a santidade é possível; a prova de que Deus não tira nada, mas dá tudo. Tive ali um encontro com Deus e com Sua santidade por meio de Pier Giorgio Frassati.
Pier Giorgio me fez entender que posso ser santo do meu jeito, se, em cada ação minha, mostrar que sou de Deus. Isso mudou a imagem que eu tinha dos santos e comecei a vê-los com outros olhos. Hoje entendo que Deus me chama para uma santidade cotidiana. Santidade feita do ordinário que, cheio do poder de Deus, torna-se extraordinário.
Convido-o para fazer também uma experiência com o beato Pier Giorgio. Peça a Deus a graça da santidade feita no seu tempo, no seu espaço. Peça a Deus a santidade do dia a dia.
Tema extraído do livro "Santos de calças jeans"